A situação das comunidades afrodescendentes do Brasil começou a se modificar a partir do Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Brasileira de 1988 e, principalmente, a partir do Decreto nº 4.887/2003, que regula menta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos. Entretanto, a real mudança da realidade dessas comunidades é um processo lento. A legali zação dessas terras significa para as comunidades o autorreconhecimento de protagonismo de uma longa caminhada de lutas árduas onde almejam, o mínimo: cidadania efetiva e inclusão social. O território, para essas comunidades, passa a ter vários signi ficados, que perpassam pela garantia da sobrevivência do grupo e pela reprodução da sua história e cultura. Paralelamente, a permanência nessas terras tem sido muito difícil, mas políticas públicas de fomento à agricultura familiar e turismo têm se a presentado como opções para melhoria da renda nessas comunidades. Este livro traz diferentes aspectos da luta pela afirmação do território da Comunidade Quilombola de Retiro (Santa Leopoldina-ES), que apesar de possuir a posse cartorial das terras qu e ocupa, enfrenta os problemas comuns vivenciados por essas comunidades, o que envolve a continuidade das práticas tradicionais e de subsistência e a manutenção da sua identidade quilombola, ao mesmo tempo que analisa o papel dos vários atores extern os que atuaram e atuam nesta comunidade.
Código: | 9788544423882 |
EAN: | 9788544423882 |
Peso (kg): | 0,000 |
Altura (cm): | 23,00 |
Largura (cm): | 16,00 |
Espessura (cm): | 2,00 |
A PRODUÇÃO DO TERRITÓRIO QUILOMBOLA DE RETIRO (SANTA LEOPOLDINA-ES) E O PAPEL DOS ATORES EXTERNOS: UMA ANÁLISE EM QUESTÃO
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