• METAFÍSICA DE ARISTÓTELES (VOL. I - ENSAIO INTRODUTÓRIO): VOLUME I - ENSAIO INTRODUTÓRIO

Hoje em dia não se duvida que os catorze livros que nos chegaram com o título Metafísica não constituem um todo organicamente predisposto e acabado. A Metafísica não é uma obra unitária, mas uma coleção de escritos. Estes não nasceram num mesmo bl oco de tempo, mas são fruto de um plurianual esforço de pensamento, de novas meditações e repensamentos. Não obstante isso, uma coisa é certa: existe neles uma unidade especulativa de fundo. Publicar uma tradução da Metafísica de Aristóteles com u m comentário constitui um empreendimento árduo e temerário, porque as tentativas já feitas em várias línguas, os comentários, as paráfrases, as exposições e os estudos críticos são tantos e tais, que não é mais possível dominá-los. Além disso, os problemas que surgem para quem se propõe a apresentar ao leitor dos nossos dias o maior texto de filosofia de Aristóteles são de tal envergadura, que pareceria, senão quase impossível, pelo menos muito difícil resolvê-los. O leitor que pretendess e ler a Metafísica como os livros acabados que hoje se publicam (ou como o próprio Aristóteles compunha as obras que publicava), tomaria a pior via, e muito dificilmente chegaria a compreender a sua mensagem precisa. Essa edição se inspira, em pr imeiro lugar, num moderno conceito de versão. Quem traduz deve ater-se o máximo possível, como ponto de referência, à língua na qual traduz e às suas leis, e assim adequar a esta as da língua da qual traduz. A língua grega é fortemente sintética, as línguas modernas são, via de regra, analíticas. Conseqüentemente, não é possível adotar o critério seguido pelos tradutores latinos, cuja língua ainda é sintética e ainda possui compostos e estruturas próximas da língua grega. Na língua latina se podia comodamente decalcar o original grego ad litteram. Particularmente, os latinos podiam permitir-se não resolver certas dificuldades de interpretação, repropondo, com hábil jogo de neutros e de compostos, a idêntica dificuldade que apresen ta a original, sem resolvê-la. Contudo, o tradutor contemporâneo deve analisar e desenvolver o que o grego lhe propõe de maneira sintética e, freqüentemente, como no nosso caso, de modo fortemente abreviado. Para poder fazer isso, o tradutor moder no deve necessariamente interpretar, porque lhe são vetados quase todos os desvios dos quais se serviram os tradutores latinos. Portanto, uma moderna tradução de Aristóteles só ser uma tradução-interpretação. Alem disso, a área semântica dos vário

Código: 9788515023615
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METAFÍSICA DE ARISTÓTELES (VOL. I - ENSAIO INTRODUTÓRIO): VOLUME I - ENSAIO INTRODUTÓRIO

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