Não há, em nossos tempos, um nome na hagiografia cristã de tanta gloria, de tanto esplendor na Igreja, como o de Santa Teresa do Menino Jesus. Ilustre teólogo e homem de letras, o P. Petitot, O. P. em seu magistral livro - Santa Teresa de Lisieux: u m renascimento espiritual - fez esta afirmação, baseado em sólidos e profundos estudos da hagiografia católica: - « Depois da Santíssima Virgem, não há santa mais amada mais invocada na cristandade que Santa Teresa do Menino Jesus. É a santa mais inv ocada do século XX». Quem acompanha como eu o movimento admirável de expansão que vai pelo mundo todo, do culto da humilde carmelita de Lisieux, pode atestar a verdade e exatidão das afirmativas do Pe. Petitot. Nas ilhas mais remotas e perdidas daO ceania, nos adustos areais da África, como em todas as metrópoles civilizadas do Novo e do Velho Mundo, na China e no Japão, em todo o Universo, enfim, o nome de Santa Teresa do Menino Jesus é invocado, a sua imagem piedosa e suave é objeto de um cul to fervoroso. Eu provaria com facilidade a minha asserção apresentando simplesmente a coleção dos « Annales de Sainte Thérèse de L´Enfant Jesus», que aqui tenho presente ao escrever estas linhas. "A História de uma alma», ou autobiografia de Irmã Te resa, está hoje traduzida em mais de 30 línguas e dialetos e as edições desta obra se multiplicam em milhares e milhares de exemplares em todo o mundo. Só a edição francesa, li há bem pouco tempo, já passava de 500.000 exemplares. A canonização deSa nta Teresa do Menino Jesus foi a mais imponente e aquela em que a alma popular vibrou com mais entusiasmo nos últimos tempos da Igreja. Afirmaram isto ilustres e venerandos homens da Igreja, em 1925. «Haverá santos canonizados em Roma, profetizavaor gulhosamente Renan, no fim do século passado, mas não haverá santos canonizados pelo povo». A canonização da humilde carmelita de Lisieux foi o desmentido mais solene das afirmações atrevidas do Pontífice da incredulidade. A alma popular vibrou deent usiasmo e como que exigiu da Igreja a proclamação da santidade de Teresinha. Foi a suplica espontânea do povo que levou ilustres prelados do mundo todo a suplicar a Roma que abreviasse o processo da canonização e desse ao mundo católico o novo modelo de santidade, na expressão de Pio XI. E assim se fez. Em 17 de Maio de 1925, Roma presenciou um espetáculo que há muito não se repetia. Uma multidão enorme, vinda de todos os recantos da terra, fazia regurgitar as praças públicas e enchia liter