O samba é a reinvenção da vida - não no sentido de escape do real, mas, sim, no sentido de construção (material e cotidiana) de novas realidades. Múltiplas revoluções ecoam no vaivém frenético de um tamborim, secando o choro de cavacos e cuícas. Co m o samba, aquele que agoniza e não morre, quando canta a alvorada, ninguém sente dissabor. O tambor, a cada vez que ecoa em compasso binário, recobra a batida do peito de quem nunca se calou, e cuja voz ressoa pela boca incansável dos que continuam sem se calar.Esse tambor segue resistindo a todas as formas de opressão e escancarando o cinismo de um modo de vida fundado na subjugação e na exploração do homem pelo homem. Segue reinventando a luta (dos que se foram e dos que ficam) pelo fim da b arbárie que tentam nos vender como normal. A cultura popular, através da produção de discursos contra-hegemônicos, encarna a potencialidade de contestar o verniz ideológico das abstrações de igualdade que ocultam as assimetrias materiais, conferindo -se especial atenção, nesta obra, à crítica à tese da descentralização do trabalho vivo na sociedade contemporânea.
Código: | 9788536291970 |
EAN: | 9788536291970 |
Peso (kg): | 0,000 |
Altura (cm): | 1,00 |
Largura (cm): | 15,00 |
Espessura (cm): | 21,00 |
SAMBA CARIOCA E A CENTRALIDADE DO TRABALHO VIVO, O - POETAS OPERÁRIOS
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