O mundo do trabalho vivencia um novo ciclo de profundas transformações, desde a segunda metade do século passado. Tal ciclo no setor bancário brasileiro agudizou-se na última década do século passado, desde quando foram mais frequentes as fusões de b ancos, o encerramento das atividades e as privatizações de outros, bem como a introdução de novos modos de organização do atendimento bancário, dos tipos dos serviços prestados, dos estilos de gestão e dos processos e tecnologias de trabalho. Todas e ssas mudanças econômicas e gerenciais desdobram-se em outras relativas nas relações de trabalho. Os postos de trabalho diminuíram. Para quem continua bancário, o medo da perda do emprego, a submissão no trabalho e a competitividade entre colegas acen tuaram-se. A sindicalização reduziu-se e, com ela, decaiu o poder de barganha dos trabalhadores nas negociações coletivas. As expectativas de um emprego estável, com uma carreira de ascensão para a vida inteira, se enfraqueceram. Muitos bancários per deram a assistência com que supunham contar. Os bancos passaram a exigir mais do desempenho e do envolvimento no trabalho. Com tantas perdas, significativa parte dos bancários já não nutre os mesmos laços identitários de longo prazo com os bancos. A questão - o que é ser bancário? - tornou-se instigante. Organizamos, então, o presente livro abrangendo quatro partes que tratam: da inserção do setor bancário no sistema capitalista das vivências psíquicas dos bancários em um setor em transformação de tais vivências no contexto dos bancos federais e das experiências de ex-bancários dos antigos bancos estaduais. Livia de Oliveira Borges Gabriel Eduardo Vitullo Júlio Ramon Teles da Ponte
Código: | 9788580425376 |
EAN: | 9788580425376 |
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SER BANCÁRIO VIVER O ESPLENDOR SOCIAL OU O TRABALHO PRECÁRIO?
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