A zona rural do município de São Francisco, norte de Minas Gerais, entre os rios Acari e Pardo, desde o período da colonização, serviu de uma espécie de refúgio e de resistência ao sistema escravocrata com a formação do quilombo de Bom Jardim da Prat a. O presente trabalho espera analisar o processo de formação dessa comunidade quilombola, bem como a produção do espaço, da moradia e suas territorialidades. Para tanto utilizou-se do método etnográfico e da história oral para a coleta de dados com os moradores da comunidade. Não existem até o presente momento dados estatísticos sobre essa comunidade, todavia estima-se a presença de 630 famílias que vivem em pequenos sítios dispersos ou em três vilas mais adensadas no território. Não obstante, sempre existiram, além dos negros, outros moradores como índios e brancos, que percorriam essa região e fundaram, desde os primórdios fazendas para a criação de gado e núcleos urbanos. No entanto, a partir da década de 1950, novos arranjos econômicos mudaram a forma de apropriação do território, gerando novas territorialidades, principalmente com o processo de cercamento promovido pelos grandes fazendeiros. Parte dos antigos moradores do quilombo ficou ilhada em meio a médias e grandes proprieda des rurais, muitas vezes, sem condições de continuar utilizando as áreas anteriormente ocupadas de forma coletiva pelos seus ancestrais.
Código: | 9786525148472 |
EAN: | 9786525148472 |
Peso (kg): | 0,000 |
Altura (cm): | 23,00 |
Largura (cm): | 16,00 |
Espessura (cm): | 957,00 |
A PRODUÇÃO DO TERRITÓRIO E DA MORADIA NO QUILOMBO BOM JARDIM DA PRATA
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