Somente alguém com a ampla visão cultural e o profundo conhecimento histórico de Peter Gay teria condições de abarcar em um volume a gama tão diversificada de fenômenos artísticos que veio a ser chamada de modernismo. É o que ele faz neste estudo das origens, dos autores, das obras marcantes e do declínio desse movimento que abrange mais de cem anos da história da literatura e das artes. Para Peter Gay, há dois traços centrais na atitude modernista: a atração pela heresia, pela inovação, e a exp loração profunda da subjetividade. Por mais diversos e até mesmo opostos que fossem, os modernistas acreditavam que o desconhecido era muito superior ao conhecido, que o raro era melhor que o comum, e que o experimental era mais atraente que o rotine iro. O modernismo gerou uma nova maneira de ver a sociedade e o papel do artista nela, e trouxe consigo novas ideias, sentimentos e opiniões. O autor situa o começo dessa nova era em meados do século XIX, com o horror à classe média burguesa manifes tado por Charles Baudelaire e Gustave Flaubert e, mais adiante, no culto da arte pela arte de Oscar Wilde. No entanto, também mostra como o fenômeno só foi possível graças ao apoio de uma classe média esclarecida, fruto da prosperidade econômica, da urbanização e do avanço da democracia. Na segunda parte deste ambicioso panorama, Gay pinça escritores, artistas, músicos, arquitetos, dramaturgos e cineastas cuja importância será inegável daqui em diante: o assalto à arte acadêmica feito por Edvar d Munch, Wassily Kandinsky, Piet Mondrian e Pablo Picasso o ataque à ficção vitoriana empreendido por James Joyce, Marcel Proust e Virgina Woolf a rejeição ao tradicionalismo na música encabeçada por Igor Stravínski e Arnold Schoenberg o abandono da arquitetura historicista pela Bauhaus e por Frank Lloyd Wright, sem falar na chegada do cinema de Charlie Chaplin e Orson Welles. Entre os muitos representantes inegáveis do modernismo também estão os autores "excêntricos" que Gay analisa na terce ira parte do livro: o poeta conservador T. S. Eliot, o compositor "provinciano" Charles Ives e o escritor nazista Knut Hamsun. Nesta parte, Gay também se detém na perseguição aos modernistas realizada pelo nazismo, fascismo e socialismo soviético, o que levou muitos artistas a se refugiar nos Estados Unidos. E é na América que acontece o último ato do modernismo, primeiro com a explosão do expressionismo abstrato e depois com a pá de cal da pop art, quando a produção comercial da cultura se impõ
Código: | 9788535913958 |
EAN: | 9788535913958 |
Peso (kg): | 1,000 |
Altura (cm): | 3,50 |
Largura (cm): | 16,00 |
Espessura (cm): | 23,00 |
MODERNISMO
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