Uma máscara yup''ik do Alasca, uma pintura aborígene em casca de árvore, uma paisagem em miniatura da dinastia Song, um quadro de interior holandês do século XVII: pelo que mostra ou deixa de mostrar, uma imagem revela sempre um esquema figurativo par ticular, identificável pelos meios formais que utiliza e por certa potência que ela manifesta. As imagens nos permitem acessar, às vezes mais do que as palavras, aquilo que distingue as maneiras contrastantes de viver a condição humana. Ao comparar c om precisão as imagens de uma diversidade impressionante de culturas, Philippe Descola lança, neste livro magistral, as bases teóricas de uma antropologia da figuração.
A figuração não é fruto exclusivo da fantasia expressiva daqueles que se põem a produzir imagens: só figuramos o que somos capaz de detectar ou imaginar, e só imaginamos e detectamos o que o hábito nos ensinou a discernir. O caminho visual que traçamos espontaneamente em meio às dobras do mundo depende, para Descola, de nossa im ersão em uma das quatro regiões do arquipélago ontológico: animismo, naturalismo, totemismo ou analogismo. Cada uma dessas regiões corresponde a uma forma de conceber a ossatura do mundo e fazer seu inventário, de perceber as suas continuidades e des continuidades - em particular, as diversas linhas de união e de fratura entre seres humanos e não humanos.
Código: | 9786555251623 |
EAN: | 9786555251623 |
Peso (kg): | 1,000 |
Altura (cm): | 3,00 |
Largura (cm): | 15,00 |
Espessura (cm): | 22,50 |
As formas do visível: uma antropologia da figuração
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