No entanto, um dos maiores desafios que este texto nos coloca é a necessidade de se refletir sobre valores cristãos - marketing e propaganda - vistos no geral entre os adeptos do marketing aplicado às igrejas como esferas interligadas que não se cont radizem. Como pode uma denominação que está "operando no vermelho" dar meia-volta e converter-se à ideia apontada pelo marketing religioso? Esse seria o único caminho para a sobrevivência dos grupos evangélicos tradicionais que ainda não aderiram a u ma visão carismática ou pentecostal da vida e do mundo? Sejam quais forem as respostas, o texto de Lopes e Rezende ajuda, estimula e desafia o leitor para uma realidade que aí está. Eles visitaram muitos "pontos de venda", abordaram "técnicas" de suc esso colocadas em prática aqui ou ali. Apesar do sucesso constatado há, por outro lado, uma crescente multidão formada por pessoas que se decepcionaram com esse tipo de religião orientada pelo marketing. Esses "decepcionados" poderão ser atingidos po r outras formas de se pensar e de se operacionalizar a religião?