O objetivo desta obra é ressoar mais uma voz sobre a justiça social e, portanto, duas vozes serão ouvidas neste trabalho, isto é, Jesus Cristo e o movimento fundamentalista protestante. Neste livro, Rilton se apoia no Cristo que descobre o Outro por ora esquecido na Jerusalém um Outro, apenas, como estimulador do Eu. Dito isto, o autor percebe um alongamento desta ação no campo do pensamento filosófico moderno e, por esse motivo, discorre sobre um diálogo empolgante entre os ditos de Jesus e a ética em Emmanuel Levinas. O filósofo francês será interpretado como uma chave ética para abrir algumas portas fechadas pelo egoísmo e, também, para reafirmar algumas preposições que fazem parte da tradição bíblica. Por fundamentalismo, Rilton tra rá luz a uma declaração do fundamentalismo protestante contemporâneo, isto é, a Declaração sobre a Justiça Social e o Evangelho de 2018. Não obstante, o autor fará uma análise crítica deste documento, em um exercício inédito na historiografia brasile ira. Por fim, em seu estudo, Rilton se dedicará a sinalizar a cooperação do cristão com a justiça social, bem como sua relação com o Estado frente a um país desigual como o Brasil. Aliás, perceber a realidade do desfavorecido e seguir em frente não é a ação de um bom samaritano elencado pelo Cristo, pelo contrário, é a lógica Cainesca: "acaso sou eu guardador do meu irmão?". Entretanto, nesta obra, essa não poderá ser uma resposta viável e confortável, uma vez que ela afirma o Cristo dos pobre s (e quem são os pobres?) e uma ética que enxerga o Outro como ele é.