Haverá uma ciência da alma? Toda ciência baseia-se num objeto seu progresso consiste em eliminar, tanto quanto possível, a "equação pessoal" do sujeito assim ela se torna "objetiva". Porém, quando se trata da alma, do espírito, da consciência, o s ujeito e o objeto coincidem. Observou-se, diversas vezes, essa posição única e paradoxal da psicologia.A ciência moderna, oriunda de Descartes, levou esse paradoxo ao extremo. Ao "método' ' cartesiano, deve ela seus surpreendentes sucessos, qu e pretende, primeiramente, " dividir o objeto em elementos claros e distintos". Isto, porém, é partir do geométrico e do mecânico e, daí, reconstituir todo o resto. Um dia, Bergson porá em evidência o preconceito deste proceder que só está bem dentro do espacialNa verdade, Descartes foi o primeiro que, na sua visão do mundo, exprimira a importância atribuída à noção de espaço, à' "extensão". Das duas substâncias, porém, em que divide, como que simetricamente, o real - a matéria e o pensamento (o corpoe o espírito) - a primeira somente é para ele "extensão" e assim por si própria definida, enquanto que a outra não ocupa espaço algum. Devemos concluir que o "' método", baseado na geometria e na extensão, terá maior dificuldade em apreen der o espírito do que qualquer outra realidade.
Código: | 9786588257401 |
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HAVERÁ UMA CIÊNCIA DA ALMA?
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