Silvia Federici mostrou como o trabalho doméstico, afetivo e reprodutivo é capturado pelo capital sem ser remunerado. Aqui, Kylie Jarrett expande essa pesquisa para mostrar como isso se repete nas redes sociais, que monetizam nossas interações. Apesa r disso, Jarrett mostra que nossos amigos e afetos das mídias digitais são reais. Diante dessa contradição, Jarrett propõe saídas e refl exões para nossa vida ultraconectada. Para a feminista e teórica de mídia Kylie Jarrett, existe uma contradiçãon a mídia digital. Usamos plataformas como Facebook ou Twitter para expressar nossa identidade e afetos, construir comunidades e para nos engajarmos politicamente. Ao mesmo tempo, alimentamos de forma gratuita o conteúdo desses sites com atualizaçõesde status, tweets, vídeos, fotos, opiniões e ajuda, gerando um suprimento enorme de dados do usuário que são filtrados e vendidos a anunciantes. No campo da pesquisa em mídia digital, essa vida digital é vista cada vez mais como mão de obra, como traba lho grátis para empresas de mídia e seus anunciantes. Nessa condição, adolescentes e crianças também trabalham de graça. Como usuários da web comercial, estamos social e criativamente engajados na produção de vários tipos de sociabilidade significat iva, mas também somos considerados trabalhadores explorados pelas empresas das plataformas de comunicação. Como podemos reconciliar essas contradições e compreender o significado econômico e social das mídias digitais? O termo dona de casa digitalé provocador, diz Jarrett. Ao mesmo tempo, ele remete a uma história que se tornou bem conhecida com o livro Calibã e a bruxa de Silvia Federici: desde as origens do capitalismo, da "assim chamada acumulação primitiva", o trabalho feminino, doméstico, afetivo e biológico é capturado gratuitamente pelo capital. Como se dá essa captura hoje, no lar e na família?

Código: 9786588230039
EAN: 9786588230039
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A DONA DE CASA DIGITAL

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