• A LONGA VIDA DA NATUREZA-MORTA: GÊNERO, SEGREGAÇÃO, SUBVERSÃO

A arte é frequentemente organizada em hierarquias injustas, comandadas por detentores de discursos hegemônicos que ecoam e persistem ao longo do tempo. Nessa lógica, a natureza-morta nos dá um exemplo de politização e subversão. Se em sua origem ela foi menosprezada pelas academias de arte que a colocaram em último lugar de importância entre os demais gêneros pictóricos, sob o argumento de que o valor residia em obras que se ocupavam do movimento de cavaleiros e lutas, ainda hoje, mesmo com as r evisões do romantismo, da modernidade e as flexibilizações da contemporaneidade, não é raro vê-la encaixada em uma outra forma de ranking atual, que valoriza uma dita "arte política" em detrimento de uma "arte estética". Não é intuito aqui discorrer sobre os conceitos e particularidades de cada uma, mas de questionar segmentações que parecem ainda insistir em incomodar.Considerando a pintura como território político, o deslocamento da natureza- morta no tempo diz muito, não apenas sobre a histór ia da arte canonizada, mas também sobre as estruturas sociais do ocidente eurocêntrico que ainda reverberam no Brasil, e sobre formas de resistência e contestação de atores segregados. Para os que consideram a natureza-morta entediante, este livro é essencial. Depois de ler A longa vida da natureza-morta, nenhuma obra que envolve objetos inanimados será diminuída, seja ela uma pintura a óleo de flores ou uma instalação com animais empalhados.

Código: 9786555231557
EAN: 9786555231557
Peso (kg): 0,000
Altura (cm): 23,00
Largura (cm): 16,00
Espessura (cm): 0,70

A LONGA VIDA DA NATUREZA-MORTA: GÊNERO, SEGREGAÇÃO, SUBVERSÃO

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