Afinal de contas, o que é o comum? O comum é força produtiva se a produção for entendida como produção biopolítica tomada pelo avesso, enquanto subjetividade antagonista, em tendência de autonomização. E é trabalho se for trabalho vivo, virtude criad ora, diferença afirmativa, pura subjetividade, essência que é spinozamente potência. O comum é devir e não ser, é multiplicidade intensiva e não acúmulo de fatores produtivos, acontecimento intempestivo e não progresso histórico. Por isso, o itinerár io escolhido neste livro afasta progressivamente qualquer leitura do comum que não se encontre no terreno de uma ontologia, pensada desde as texturas sensíveis do viver mesmo, seus modos de sentir, sua microfísica do poder, ao modo de Foucault. É a p artir dela que tecemos o fio que entrelaça o campo histórico e político das emergências, aquelas que já observamos no curto e no longo ciclo global de lutas, com a criação conceitual do comum. Ao mesmo tempo, o comum só existe na ruptura e na descont
Código: | 9788571065802 |
EAN: | 9788571065802 |
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Altura (cm): | 23,00 |
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CONSTITUIÇÃO DO COMUM, A - ANTAGONISMO PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADE E CRISE NO CAPITALISMO
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