No caso de acontecimentos extremos ou de situações perigosas permanentes há uma maior legitimação para a intervenção do Estado e para a suspensão das normas e regulações sociais e económicas, para a criação de um estado de exceção que revela a inelut ável presença do Estado. A crescente escala global dos riscos e o papel central das agências de regulação transnacionais, e a consequente dissociação da nação e do Estado, desvia as atenções dos mecanismos materiais e simbólicos que operam no terreno da política interna dos Estados e na luta política que emerge em resultado da ocorrência de acontecimentos extremos e das situações perigosas permanentes. Os acontecimentos extremos e as situações perigosas permanentes mostram o trabalho político in cessante para colocar os grupos e os indivíduos descartáveis fora das redes sociais e das comunidades nacionais imaginadas.
A alternativa é o delinear de tecnologias sociais de participação que conduzam à construção de epistemologias cívicas que per mitam a presença informada e crítica dos cidadãos no espaço público. Estas epistemologias cívicas definem como as sociedades democráticas adquirem um conhecimento comum para objetivos de ação coletiva, sendo aquelas moldadas pelas diferentes culturas políticas e pelos contextos nacionais.
Código: | 9789724049427 |
EAN: | 9789724049427 |
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Os lugares (im)possíveis da cidadania: Estado e risco num mundo globalizado
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