No livro, o leitor encontrará fartos argumentos favoráveis a um maior fortalecimento do controle das ações policiais, incluindo o fúnebre cortejo de letalidade, execuções sumárias, milícias, torturas e outros fenômenos ligados à truculência da políci a brasileira. O cenário de insegurança pública vivido pelo país, cujos males se arrastam por anos, recebe boa dose de raciocínio crítico direcionado para os órgãos que deveriam deter a responsabilidade de apresentar soluções. Em síntese, a obra além de provocativa, fornece base sólida para robustecer o controle externo da atividade policial atribuído ao Ministério Público Brasileiro por escolha do constituinte de 1988, mas que, até agora, não foi alvo da atenção cuidadosa do legislador e da pró pria instituição encarregada de exercê-lo. Daí porque, na visão do autor, é um projeto constitucional inacabado. Cabe ao leitor tirar suas conclusões sobre quem, neste contexto, tem débito a solver com a sociedade brasileira.