Perante a mentira totalitária e a violência do Estado, a consciência (encarnada pelos dissidentes) é verdadeiramente o princípio de todo o sentido da dignidade humana. Porém, qual é o lugar da consciência nas sociedades democráticas actuais, socialme nte muito desestruturadas? Neste sentido, o apelo à consciência não será vão ou ridículo? Qual o seu destino depois das críticas à consciência pela filosofia e pelas ciências humanas? Não será a consciência, inevitavelmente, a consciência da boa alma impotente, não terá ela perdido boa parte da sua credibilidade, depois da descoberta do inconsciente? E para aqueles que ainda conservam uma exigência moral, não será preferível confiar na majestade e solidez das leis que, pelo menos, representam re ferências fiáveis. Assim, todo o elogio da consciência, para evitar cair na ingenuidade, deve ter em consideração as críticas mencionadas e avaliar as condições e os limites da sua acção.
Código: | 9789728329211 |
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ELOGIO DA CONSCIENCIA *
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