A recepção de um/a pensador/a estrangeiro se dá, de maneira geral, por diversos fatores, entre os quais o interesse de pesquisa em universidades, a formação de pesquisadores, as políticas de tradução, a circulação nacional e internacional de textos e as oportunidades de diálogos entre a obra e suas áreas temáticas afins. Quando olhamos para os caminhos que a filosofia de Jacques Derrida fez no Brasil, encontramos todos esses elementos, mais um: a errância constitutiva do seu pensamento comparece nos desvios que caracterizam sua leitura em terras brasileiras. Este livro se inscreve nesse percurso de recepção da obra de Derrida, suprindo uma lacuna histórica com inúmeras qualidades. Victor Maia persegue o impossível da filosofia de Derrida, a saber, sua mera compreensão.