Os textos que compõem este livro se inserem nas conjunturas/disjunturas amazônicas são frutos de pesquisas comprometidas com a territorialização, a etnohistória e os processos educativos dos povos indígenas na Amazônia (nas Amazônias talvez seria ma is pertinente). O envolvimento com os povos indígenas conduz as pesquisas aqui enunciadas a um duplo movimento. Primeiro, pôr em questão o desenvolvimento como paradigma, de Estado e do grande capital, que se desdobra suprimindo territórios étnicos, línguas indígenas, corpos e narrativas nas Amazônias. Segundo, acolher a contrahegemonia indígena nos agenciamentos do cotidiano, na releitura da história oficial, nas memórias, na afirmação linguística, nas narrativas, na soberania alimentar, na ret erritorialização, na reivindicação por território, enfim, nas múltiplas resistências e nas insistências de suas reexistências. O livro e seus escritos se movimentam no espaçotempo acionado pelo Grupo de Pesquisa Territórios Indígenas e Etnoenvolvimen to (GPTIE). O mundo indígena é o horizonte do GPTIE, deste livro e de seus escritos. Sociedades Indígenas na Amazônia: territorialidades, história e processos educativos convida à leitura e um fazer etnoenvolvimentista da pesquisa.