• A FLOR DA TERRA: O CEMITÉRIO DOS PRETOS NOVOS

2ª edição, revista e ampliada Prefácio: José Murilo de Carvalho Orelha: Miriam Leitão "O cemitério destinava-se ao sepultamento dos pretos novos, isto é, dos escravos que morriam após a entrada dos navios na Baía de Guanabara ou imediatamente depoisd o desembarque, antes de serem vendidos. Ele funcionou de 1772 a 1830 no Valongo, faixa do litoral carioca que ia da rainha à Gamboa. (.) O ponto forte do livro é a análise que Júlio César faz da violência cultural embutida nas práticas adotadas no Ce mitério dos Pretos Novos. A administração do cemitério era responsabilidade da paróquia de Santa Rita, uma entidade católica que cobrava do Estado pelo serviço. Apesar disso, além de serem os enterros feitos em cova rasa, os corpos eram enterrados nu s, envoltos e amarrados em esteiras, sem qualquer ritual religioso, reza, encomendação ou sacramento. Ora, muitos dos pretos novos tinham sido previamente batizados, às vezes ainda na África eram, portanto, católicos e tinham direito a um enterro ca tólico. Os não batizados, mesmo não sendo católicos, mereceriam de qualquer modo algum respeito cristão por sua simples condição de seres humanos. No entanto, os pretos novos, batizados ou não, eram enterrados do mesmo modo que muitos escravos baiano s no século XVIII, ´como se fossem rutos animais´, como denunciou o arcebispo da Bahia, D. Sebastião Monteiro da Vide." JOSÉ MURILO DE CARVALHO

Código: 9788576171232
EAN: 9788576171232
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A FLOR DA TERRA: O CEMITÉRIO DOS PRETOS NOVOS

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