O Brasil é comum dizer que "o branco faz cultura, enquanto o negro e o índio fazem folclore". No entanto, pode-se afirmar preponderar na etnia brasileira a origem africana. Ou os avós eram negros ou brancos, estes últimos nutridos pelo seio farto da ama de leite negra. A cultura é compreendida como os usos, costumes e de um povo que se expressa meio de língua própria ou dialeto. Assim o seu conceito mais além do que de ao folclore. Constata-se se há linguagem, há normas de condutas, leis, código s, regras sociais. Se há linguagem, há gramática, lexiologia e demais aspectos fonéticos. Há, pois, em sob ótica gestáltica, um todo formador, e, que o faz "cultura". O erro dos estudos afro-brasileiros foi o de não se valer de metodologia voltada pa ra a cultura negra original, ou seja, a afro-negra: causa e fator gerador das transformações nas identidades socioeconômica e cultural do negro em nosso país. Privilegiou-se, assim, os efeitos desta mesma cultura, que é a afro-brasileira, em que se v ê o negro amordaçado em suas tradições africanas vitimizado na sua dignidade e nobreza pátria, desfigurado socioeconomicamente pela escravidão lançado que foi aos resvaladouros do sequestro das oportunidades de estudar, instruir-se profissionalizar-s e, privado, assim, do exercício do que se chama cidadania. Sob a negritude formou-se o preconceito da indolência, da inconsequência, da incapacitação para trabalhos sociais mais especializados e hierarquicamente representativos quando em realidade t udo decorreu da omissão, e por que não dizer da discriminação ao papel de destaque que o negro deveria ocupar na pirâmide social brasileira e, por extensão, na identidade nacional: do "ser brasileiro" nossa consciência nacional. Dai-me uma alavanca q ue eu moverei o mundo dizia o filósofo grego Arquimedes. Dai-me a instrução e o estudo que eu o para horizontes de dirá o negro, quando um dia compreendido na cultura e identidade de seus arquétipos formados na transoceânica Mãe-Africa redivivê-los e mnosso e, sobretudo, em seu Brasil. Os judeus, após a diáspora, desencadeada pelo imperador romano Tito, viveram séculos sem uma pátria nacional, porém sobreviveram, não obstante as perseguições e os "progroms". E de que maneira? Ao preservarem sua c ultura, sua religião e suas tradições. Com o negro brasileiro deu-se o oposto: buscaram cristianizá-lo, como antes o tinham feito com os índios, com todas deformações culturais desconhecedores os doutores da catequese que eram, como ainda boa parte
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ZUMBI DOS PALMARES - HERÓI NEGRO DA NOVA CONSCIÊNCIA NACIONAL
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