O que os turistas buscam, quando deixam São Paulo ou a Europa, e se deslocam para praias tão remotas como Jericoacoara, no Ceará? É o que procura descobrir Alessandro Galvão na pesquisa de um modelo teórico para entender as dicotomias entre as fantas ias do Primeiro Mundo e os mitos locais. Por meio do discurso de moradores e novos e antigos visitantes, o autor aborda a transformação de um refúgio paradisíaco em um polo de turismo institucional, fenômeno do maior interesse por si só, uma vez que sempre repetido no Brasil, bastando lembrar Guarujá, Ubatuba e Canoa Quebrada. Uma abordagem etnográfica alternativa, como conceitua Galvão, baseada em trabalho de campo e, teoricamente, na ontologia e na análise dos discursos.