Além do ilícito moral e jurídico, a maneira protelatória e diversionista e o reconhecimento tardio de sua responsabilidade na introdução da cólera no Haiti fizeram com que a estratégia das Nações Unidas provocasse a pior epidemia de cólera da históri a recente da Humanidade ceifando a vida de milhares de vítimas que poderiam ter sido salvas.
Trata-se de uma hecatombe sanitária, de um desastre político e de um escândalo científico. É uma história sórdida, vil, repleta de dores, mortes, injustiç as e mentiras. Ela foi, e continua sendo, escamoteada por grande parte de cientistas, da grande mídia internacional, da totalidade dos governos, dos militares a serviço da paz e dos funcionários da ONU e de suas agências como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A interpretação maximalista, ilegal e abusiva do princípio da imunidade dos agentes a serviço das Nações Unidas, faz com que as Operações de Manutenção das Paz, patrocinadas pelo Conselho de Segurança, não estejam sujeitas aos ditame s do Direito da Guerra, das Convenções de Genebra e do Direito Internacional Humanitário.
Lendo as páginas que seguirão, o leitor será invadido por um sentimento de revolta causado pela atitude dos mentores da Organização das Nações Unidas. Jamais ela tratou um Estado membro - além disso, um Estado fundador - de maneira tão insolente quanto o fez com o Haiti e seu povo.
Código: | 9788579396441 |
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A ONU e a epidemia de cólera no Haiti
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