O livro de Fabio Contel é uma importante contribuição à compreensão dos fenômenos financeiros contemporâneos, a partir de uma leitura geográfica. O autor elabora uma análise da evolução do uso do território brasileiro, levando em conta os principais atores (públicos e privados) que compõem o sistema financeiro nacional. A obra faz uma divisão da história do País em três períodos, com base em marcos como a Reforma Bancária de 1964/65 e o Plano Real (1994), até chegar aos dias atuais, que o autor define como o período da verticalização do sistema bancário brasileiro. Com a privatização e a desnacionalização bancárias ocorridas neste período, a organização do território é cada vez mais subserviente aos interesses do capital financeiro, aumenta ndo a capilaridade e a autonomia relativa das finanças.