Em meio aos grandes embates teológicos que marcaram o século XVI, quando o estabelecimento dos axiomas reformados era o centro das preocupações para identificar o pensamento prostestante, reformados como Martinho Lutero e João Clavino dedicaram espaç o desprezivel para o estudo da oração Dominical, popularmente conhecida como Pai Nosso. A partir dos documentos cristãos elaborados por estas eminentes personagens da História Protestante e os Catecismos confessionais elaborados naquele efervescente período, o teólogo suíço Karl Barth nos apresenta uma profunda abordagem teológica. Todavia, é o estudo das próprias palavras de Jesus - resposta firme ao pedido de seus discípulos Senhor, ensina-nos a orar - o elemento marcante da obra que ora o púb lico tem oportunidade de conhecer. O resultado é uma bem equilibrada visão acerca do modelo cristão de oração, valorizando tanto o protexto evangélico quanto a interpretação acurada dos reformadores, mantendo, no entanto, o pensamento contudente e po lêmico que sempre marcou a produção de Karl Barth. O livro Pai Nosso, ao discutir a prática cristã da oração, conduz-nos a estas importantes questões, numa perspectiva histórico-teológica que não perde de vista a sua importância devocional.