Escreveu São Francisco de Sales: "O casamento é uma ordem na qual se tem de fazer a profissão antes do novicia­do e se houvesse um ano de prova como para a profissão nos mosteiros, muitos poucos professos haveria". Trocaram-se os consentimentos por ignorância, por fri­volidade, por curiosidade, pelo receio de "ficar para tia", para livrar-se da "intolerável prisão" do meio familiar. Em­preendeu-se a viagem, a cantar que se viveria de amor e lo­go vem a descoberta: como as outras coisas belas, o amor desgasta-se depressa no. uso quotidiano e precisa alimen­tar-se dia a dia, para se lhe conservar e avivar a chama, no contato com a realidade, às vezes carrancuda, que exige, além de virtude, cuidados com a cozinha e com o asseio da casa.