Que nós somos dominados no nosso trabalho é uma evidência desde há cento e setenta anos. Mas não que somos dominados em nossas necessidades e nossos desejos, nos pensamentos e na imagem que temos de nós mesmos. É por ele, pela crítica do modelo de co nsumo opulento, que me tornei ecologista de primeira hora. Meu ponto de partida foi um artigo publicado numa revista semanal americana em 1954. Ele explicava que a valorização das capacidades de produção americanas exigia que o consumo crescesse pelo menos 50% nos oito anos seguintes, enquanto as pessoas eram absolutamente incapazes de definir o que fazer com seus 50% de consumo suplementar. Partindo então da crítica do capitalismo, chega-se necessariamente à ecologia política, que, com sua indi spensável teoria crítica das necessidades, nos reconduz a aprofundar e a radicalizar a crítica do capitalismo. Eu não diria que há uma moral na ecologia, mas sim que a exigência ética da emancipação do sujeito implica a crítica teórica e prática do c apitalismo, da qual a ecologia política é uma dimensão essencial.

Código: 9788539102006
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ECOLOGICA - 1

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