Um velho índio assim descreveu certa vez os seus conflitos internos: "Dentro de mim existem dois lobos, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil. Eles estão sempre a brigar". E quando lhe perguntaram qual dos dois ganharia a briga, o sábio índio parou, refletiu e respondeu: "Aquele que eu alimentar". Trazendo isso para os dias atuais, nos deparamos, em outras palavras, com o ego e a consciência. E é essa consciência que inspirou a autora a ter coragem de colocar neste livro sua inesti mável contribuição de vida, aproximando as pessoas para o diálogo, na esperança de poder oferecer dicas para o colega advogado, com o objetivo de facilitar o entendimento e o manejo dos meios consensuais de solução de controvérsias, além de se tornar uma ponte entre as pessoas para o entendimento, pois o advogado também é detentor de uma relevante missão social. Acredito ser mais saudável resolver as questões pelo consenso entre as partes do que alimentar e ego em intermináveis litígios, somente para satisfazer a vaidade de competir. O consenso revela equilíbrio e flexibilidade, sem riscos. O litígio é a competição insegura, com riscos. As pessoas, quando procuram a ajuda de um advogado, querem resolver o seu problema. Cabe a nós advogados analisar e optar pelo caminho mais curto, mais seguro e menos oneroso ao nosso cliente, mostrando-lhe de forma transparente a melhor opção a ser seguida, nos tornando assim parte da solução e não parte do problema.