O livro não só sintetiza debates mais abstratos sobre autonomia regulatória. Também traça com competência um painel com os principais casos que têm colocado à prova as agências. Isso já seria contribuição relevante para sofisticar o debate. Só que o livro vai além. No capítulo sobre as ferramentas em defesa da autonomia regulatória faz uma madura reflexão sobre seus distintos aspectos (autonomias política, jurídica e técnico-decisória) e sobre o desafio da relação com outros organismos estatais, isto é, com a rede regulatória . Assim, o autor agrega boas ideias a esse debate fundamental. Vale a pena conhecê-las. Carlos Ari Sundfeld Professor Titular da FGV Direito SP A Autonomia Regulatória conferida às agências reguladoras é meramente retó rica ou ela existe de verdade? Mais de 20 anos se passaram desde a publicação do marco institucional da Reforma Administrativa dos anos 90 e as três dimensões propostas para as agências (descentralização, autonomia, modelo gerencial) parecem não ter alcançado seus objetivos propostos. O que deu errado? Uma acomodação doutrinária se coloca em cena, permitindo uma análise crítica e retrospectiva do instituto das agências e da regulação estatal da economia no Brasil. Esta obra busca, mediante análi se de casos concretos, ressaltar a importância e a essencialidade da autonomia regulatória como atributo para realização de uma regulação de qualidade.