O autor procura detectar o que se esconde por trás das teorias afirmativas e dos fenômenos político-sociais, o abismo crescente entre teoria e realidade, chegando à conclusão de que a conceituação usada já não dá conta da dinâmica de desenvolviment o que caracteriza a sociedade moderna. Para mostrá-lo, a tese que move a argumentação do autor é a de que, no uso contínuo dos conceitos secularizados da Teologia, encontra-se uma das causas principais dessa insuficiência. E o faz recorrendo à lógica ambígua do Direito liberal. Lógica essa que, em nome da liberdade, desencadeia a juridificação abrangente dos espaços de vida social e político. Tomando como casos exemplares o Brasil e a Alemanha, mostrando os efeitos problemáticos dessa camisa de força da conceituação político-filosófica em curso propondo, por fim, uma saída capaz de reaproximar a teoria e a empiria políticas.