• O MAL MORAL EM KANT

Por que Kant recorre à noção de mal radical? A filosofia moral carecia do conceito de mal radical ou apenas a filosofia da religião? Se, dentro de uma reflexão religiosa, o alcance do mal radical não puder ser restringido, nem tampouco compreendido, ele deve ser lido então como um conceito antropológico? É famosa a opinião de Goethe de que a doutrina do mal radical é incompatível com a filosofia crítica de Kant. Nesse livro, defendo uma opinião profundamente diferente. Eu argumento que o mal rad ical é uma exigência da própria reflexão de Kant sobre a liberdade e não a acomodação artificial em seu pensamento prático de uma convicção pessoal religiosa. Defendo não só a compatibilidade entre os princípios críticos e a primeira parte da Religiã o, como advogo que uma leitura antropológica também é equivocada. Acredito que a leitura antropológica é deficiente, pois não percebe que a doutrina do mal radical está, no fundo, a responder problemas internos ao domínio crítico da filosofia moral d e Kant. As relações entre liberdade e moralidade na Fundamentação e na Segunda Crítica constituem, senão exatamente um problema para a imputação das ações, ao menos um potencial ofuscamento da elucidação dos juízos de responsabilidade moral. Tento su stentar que é justamente naReligião, em que a possibilidade de uma escolha inteligível do mal é claramente afirmada e desenvolvida, que encontramos a melhor elucidação que a filosofia prática de Kant oferece sobre a imputação moral.

Código: 9788580423105
EAN: 9788580423105
Peso (kg): 0,000
Altura (cm): 23,00
Largura (cm): 16,00
Espessura (cm): 1,00

O MAL MORAL EM KANT

  • Disponibilidade: Esgotado
  • R$83,67