Ao longo da história da arte ocidental, inúmeros artistas têm elegido a noite como motivo ou cenário para suas obras. Tal escolha contraria, à primeira vista, uma compreensão bastante difundida também no Ocidente, seja pela via da filosofia clássica, seja pela via da tradição judaico- cristã, na qual a noite e o obscuro aparecem como imagens do indeterminado, do vazio e do não-ser. Assim, a aceitação da esterilidade noturna traz consigo um paradoxo estético: como uma realidade que nada ou quase nada oferece à sensibilidade inspiraria uma obra a ser fruída justamente pelos sentidos? É esse paradoxo que impulsiona o presente volume. Dedicado às variadas Ressonâncias noturnas, parte de uma análise das vias em que a negatividade da noite se con strói e se aprofunda para, em seguida, visitar alguns "lugares" de valorização da experiência noturna, nos quais o paradoxo se dissolve. Dentre estes, destaca-se a música, arte que, por sua suposta essência noturna (Jankélévitch) e seu especial trata mento do motivo em questão (convertido em gênero musical), merece ser detalhadamente estudada em sua dimensão noturna.
Código: | 9788515044542 |
EAN: | 9788515044542 |
Peso (kg): | 0,000 |
Altura (cm): | 21,00 |
Largura (cm): | 14,00 |
Espessura (cm): | 2,50 |
RESSONÂNCIAS NOTURNAS: DO INDIZÍVEL AO INEFÁVEL
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