Em Freud as pulsões de morte e sexuais são o avesso de toda moralidade. No entanto, o paradoxo deflagrado pelo autor está no fato de que justamente essas forças opositoras constituem a nossa consciência moral. Assim, esta, em sua tarefa de impedir a livre descarga dos impulsos, no fundo luta ao mesmo tempo contra o seu próprio fundamento. Isso não é sem consequências para a cultura que, necessitando de tal renúncia empreendida por essa instância, aparece então como uma conquista frágil realizada sobre esse mal de que ela também depende para existir. Freud transforma, assim, o fator destrutivo dos laços sociais, responsável pela violência razoavelmente injustificada entre os homens, na instância por meio da qual o indivíduo poderá refrear to dos esses impulsos que ameaçam a emergência e a manutenção da cultura. Movimento teórico que revela, entre outras coisas, a inevitabilidade do mal que está ligado à ação da pulsão de morte sobre o indivíduo e a Influência determinante desta no surgim ento da moralidade humana. Assim, o que se busca neste livro é examinar como as pulsões sexuais constituem a experiência da moralidade, além de o modo pelo qual Freud concebe paradoxalmente o elemento dissolutivo da pulsão de morte, que contém em si o gérmen da destruição da humanidade, como sendo o mesmo fator que propicia o surgimento da consciência moral.
Código: | 9788566045536 |
EAN: | 9788566045536 |
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SEXO, MORTE E CULTURA - O PARADOXO FREUDIANO DA MORALIDADE
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