Dado o pouco conhecimento que da vida e da obra de Pierre -Joseph Proudhon se tem no Brasil, julgamos útil preceder o segundo volume desta tradução por uma notícia biográfi ca sobre o pensador e militante, tido como o pai do anarquismo moderno, nos a nos que precederam à redação da Filosofi a da Miséria. Como muitos anarquistas, Proudhon demonstrava uma certa repugnância em exibir seu próprio eu em público e desta forma não nos legou escritos autobiográfi cos sistemáticos. É ele mesmo quem diz: " Os fatos de minha vida valem menos que nada. não é bom, para a liberdade e a honra de um povo, que os seus cidadãos lancem na ribalta a intimidade de suas vidas e tratem -se mutuamente como valetes de comédia ou como saltimbancos"