Um rápido olha sobre exemplos célebres ao longo da história já nos permite encontrar diferenças significativas, tanto no que tange à prática do ato considerado "terrorista" quanto as motivações e aspirações dos chamados de "terroristas". Pois sabemos que, nas estratégias de combates e atentados, os homens-bombas se explodiam à luz do dia, a KKK incendiava na calada da noite, Carlos Chacal sequestrou aviões, a Aum Shinrikyo soltou um gás mortal no metrô, Timothy McVeigh deixou um veículo lotado d e explosivos em um prédio governamental, os Mãos Negras atiravam em políticos considerados importantes, o ANC de Nelson Mandela resistia organizando atos de sabotagem contra alvos militares, Unabomber enviava cartas-bombas para cientistas. Se pensarm os a partir do ponto de vista daquilo que almejavam os agentes em questão, as variações são ainda mais acentuadas: alguns buscaram uma revolução de esquerda, como foi o caso de Carlos Lamarca, outros simplesmente evitá-la, como grupos paramilitares d e direita latino-americanos. Houve quem quisesse o fim do apartheid, como Nelson Mandela, e quem reivindicasse a volta da supremacia branca, como a Ku Klux Klan. A vingança pautou jihadistas islâmicos, mas também o cristão McVeigh, autor do maior ate ntado da história dos EUA antes de 11 de setembro de 2001. A estratégia fria mesclou-se com a ideologia religiosa no caso de Shoko Asahara do Aum Shinrikyo que planejou desencadear o caos planetário para emergir das cinzas do novo tempo como uma gran de liderança no mundo pós-apocalíptico e a ideologia de esquerda se fundiu com a busca por dinheiro e fama e transformou Chacal no terrorista mais procurado da segunda metade do século.
Código: | 9788544405611 |
EAN: | 9788544405611 |
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TERRORISMO: UM CONCEITO POLÍTICO
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