"Débora Noal nos convida a olhar para fora e assim descobrir o outro que existe em nós." Ao relatar o lado B do mundo, a partir de suas experiências como psicóloga junto à organização internacional Médicos Sem Fronteiras em projetos no Haiti, na Gui né, no Congo e na Líbia, Débora nos presenteia com uma narrativa sobre seu trabalho, e nos convida a refletir sobre o propósito da vida. Nesta segunda edição do seu diário de campo, com relatos do cotidiano profissional de muitos desafios e descobert as, além de reflexões significativas acerca da psiquê humana, a autora nos impulsiona a ponderar exatamente como estamos desempenhando o papel de aproximar as arestas do mundo. "Débora nega radicalmente as fronteiras, qualquer fronteira que não seja a do respeito pela dignidade da vida. O mundo inteiro é sua casa e também sua família." Eliane Brum O prefácio de Eliane Brum, que usa a referência "mulher de raízes aéreas" para descrever a autora Débora Noal, já mostra muito a que veio o conjunt o de relatos aqui reunidos, que são em uns momentos afago e em outros, soco no estômago. A "mulher de raízes aéreas", desprendida de sua terra natal, mas conectada em absoluto com o mundo e comprometida com aqueles que aqui habitam, os seres humanos , nos leva em viagem para conhecer países dos quais pouco se conhece nos centros hegemônicos. Não só, mas principalmente os seres humanos dessas localidades. Com descrições tão vívidas que parecem imagens, a autora nos empresta os próprios olhos para assim enxergarmos uma realidade, dolorosa e por tantas vezes esperançosa, que geralmente a distância nos ludibria não existir. E é assim que suas raízes voam pelo mundo, ao criar conexões e laços humanos, forma-se uma teia de humanidade que rompe fr onteiras, línguas, culturas, cor da pele e classe social. O compromisso e a tenacidade, tão palpáveis que quase saltam da página, são o que parecem conduzir as decisões e passos da autora ao longo do tempo, permitindo-a ter cautela em meio a situaçõ es de risco e sensibilidade diante de confidências pessoais tão delicadas que poderiam desmoronar com um olhar mais duro. Por meio do trabalho humanitário, Débora descobriu, e nos mostrou, o que de fato significa ser humano. "Poucos odores eram tão evidentes ali quanto o cheiro da morte. O cheiro de sangue nas camisetas molhadas de suor e pânico nos aproximava da agonia de quem saíra recentemente daquela montanha de restos. As pessoas pareciam estar em outra dimensão. Olhavam para o que antes

Código: 9786580162215
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O HUMANO DO MUNDO

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