Manoel de Oliveira é um caso prodigioso da arte portuguesa contemporânea. Desde logo, pela extensão e importância do seu trabalho cinematográfico, que começa em 1931 cultivando o cinema de vanguarda, continua em 1942 inventando o neorrealista, regres sa em 1971 propondo uma espécie de nouvelle vague, e, sobretudo, a partir de 1978 e do grande Amor de Perdição, realizando dezenas de longas-metragens com uma qualidade de inovação que foi merecendo um progressivo reconhecimento internacional.O seu p rincípio mais importante talvez seja o de tratar a vida como teatro, no sentido em que a vida é já representação, e nada pode existir sem os elementos convencionais que lhe dão sentido: se com o teatro se acede à realidade, sem ele fica-se reduzido à natureza. Portanto, o teatro torna-se a verdade do cinema.Manoel de Oliveira propõe formas de representação que exibem as convenções da representação, expondo a artificialidade que faz parte íntima da experiência humana - e criando assim uma arte co nstantemente surpreendente. - Fernando Cabral Martins, Universidade Nova de Lisboa
Código: | 9788527308885 |
EAN: | 9788527308885 |
Peso (kg): | 0,000 |
Altura (cm): | 22,50 |
Largura (cm): | 12,50 |
Espessura (cm): | 1,60 |
MANOEL DE OLIVEIRA: UMA PRESENÇA
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