A Igreja foi, desde o princípio, uma comunidade muito dinâmica que tentou anunciar o Evangelho em épocas de mudanças para que ele fosse entendido como uma Boa-nova. Esse processo de transmissão que tratou de levar o Evangelho a um presente sempre nov o atravessa, nos nossos dias, uma crise incomparável que deve modificar a forma social da Igreja - não só na Europa, mas em todo o mundo - e inclusive fazer com que ela desapareça em algumas regiões. Isso é motivo de preocupação, mas não de alarme. T rata-se de um apelo para que se pense nisso. Não cabe prescrever autoritariamente onde se encontra o limite entre o escândalo que a Igreja deve assumir, no que diz respeito ao Evangelho, e o escândalo que entorpece o anúncio desse mesmo Evangelho só é possível descobri-lo através de uma abordagem destemida, sem proibições de pensamento, sem viseiras. A crítica atual que vê a Igreja Católica marcada por "uma dupla tendência" - "um conservadorismo radical e um evolucionismo não menos radical" - é, do ponto de vista católico, o mais belo elogio que se pode receber. Um são conservadorismo permite à Igreja, milênio após milênio, continuar a ser a mesma. Já um são evolucionismo permite que a Igreja se mantenha sempre jovem. Elogios fúnebres à I greja já foram escritos muitos, mas a Igreja sobreviveu a todos os seus autores.
Código: | 9786555043211 |
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