• PÂNICO, SINTOMA PSÍQUICO E DOENÇA PSICOSSOMÁTICA

Um dos termos empregados por Freud em sua metapsicologia que mais foi adulterado foi o vocábulo Angst. Em português, foi vertido para "angústia", "ansiedade", "medo" e "temor", e seu emprego se deu de forma tal que, em alguns dos textos de Freud, pel a leitura da versão brasileira, não se consegue saber o que ele tinha em mente quando empreendeu a sua elaboração. Mas Angst, em alemão, quer dizer medo, e Freud dedicou-se a descrever as suas diferentes apresentações clínicas com suas graves repercu ssões psicológicas. A perspicácia clínica de Freud levou-o a constatar que o afeto do medo (Angst) assumia diferentes feições na vida de seus pacientes: apresentava-se numa forma aguda - os ataques de pânico -, numa forma crônica - a expectativa medr osa - e nas fobias. As pessoas revelavam diversas formas de temor, de múltiplas coisas e em várias situações. A partir de 1926, ele definiu que seria essa emoção o sinal usado pelo ego como forma de mobilizar as defesas neuróticas. O afeto do medo, e ntretanto, não é um evento psíquico apenas. Ele causa profundas alterações fisiológicas e é, atualmente, reconhecido como a principal emoção desencadeadora do processo de estresse. Essas alterações orgânicas decorrentes do alerta fisiológico que cara cteriza o estresse prolongado são, cada vez mais, relacionadas àquelas afecções denominadas doenças psicossomáticas. Observa-se, assim, na prática clínica, uma relação direta entre os processos neuróticos e as doenças psicossomáticas, estando o profi ssional da saúde constantemente frente a quadros clínicos complexos que exigem uma abordagem multiprofissional entre diferentes áreas da saúde.

Código: 9788547313715
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PÂNICO, SINTOMA PSÍQUICO E DOENÇA PSICOSSOMÁTICA

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