A responsabilidade pelo cuidado a idosos que não podem sobreviver por si próprios é uma questão delicada. A família é certamente o espaço a ser privilegiado, mas o Estado e outras instituições sociais não estão isentas de responsabilidade pelo amparo aos velhos biológica, psicológica ou socialmente desvalidos. As instituições de longa permanência são uma opção viável e uma necessidade social. Execrá-las como se fossem o inferno, como se familiares e profissionais fossem algozes, ou mesmo aceitá- las como um mal necessário é não ter olhos para a enorme complexidade das relações envolvidas no cuidado familiar e formal de idosos. Monstros, insensíveis e exploradores não são rótulos que se encaixem perfeitamente a todos os profissionais de asilo s. Não cabem aos filhos, sempre, os rótulos de ingratos, insensíveis e desnaturados, ou então de amorosos, responsáveis e gratos. Nem todos os idosos são apenas santos, ou vítimas, ou desajustados e, definitivamente, a velhice não suscita qualidades e defeitos individuais e de relacionamento familiar que já não existissem antes. Esses são ensinamentos a tirar do trabalho de Adriana Alcântara, que também adverte para a necessidade de a sociedade zelar pela qualidade material, social e afetiva das instituições para idosos.
Código: | 9788575160763 |
EAN: | 9788575160763 |
Peso (kg): | 0,000 |
Altura (cm): | 25,00 |
Largura (cm): | 17,00 |
Espessura (cm): | 3,00 |
VELHOS INSTITUCIONALIZADOS E FAMILIA ENTRE ABAFOS E D..
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